quarta-feira, 15 de junho de 2011

A greve pelo G1


   O G1 começou a cobrir a greve dos metroviários desde as tensões iniciais até a paralisação de fato, neste caso há três interessados a empresa CPTM, os trabalhadores grevistas e é claro a população que fica a mercê de toda essa situação, busquei analisar essa cobertura na busca de um elemento do paradigma da objetividade: A imparcialidade. 
   Em texto do dia26/05/2011 19h48 - Atualizado em 26/05/2011 20h08, por exemplo, é anunciado que a greve de fato vai se realizar, as reivindicações dos trabalhadores são citadas:
  “Os metroviários reivindicam um reajuste de 10,79%, com base na inflação medida pelo IGP-M, e outros 13,8% de ganho de produtividade, conforme o ICV, do Dieese. Segundo a categoria, o Metrô ofereceu 6,39% de reajuste’’.
   Além das reivindicações, há uma declaração do presidente do sindicato dos metroviários, Altino de Melo e uma nota do Metro anunciando propostas para permitir a circulação do publico.
   Já em texto de 31/05/2011 16h32 - Atualizado em 31/05/2011 16h51, um texto mais curto. Notamos citações do TRT, Tribunal Regional do Trabalho, e o Metro, que através de sua assessoria apresenta uma declaração. Nenhuma declaração do sindicato ou grevistas.
   No mesmo dia do texto citado a cima um novo texto é publicado 31/05/2010 20h06 - Atualizado em 31/05/2010 20h06, rápido cita oferta da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) para evitar greve e a recepção dos grevistas.
   Depois do inicio da paralisação notamos uma mudança no texto, à voz agora é a do povo. Em texto de 01/06/2011 19h14 - Atualizado em 01/06/2011 20h30,o site afirma que a paralisação terá continuidade, logo em seguida uma declaração da CPTM, expondo o tamanho da greve e seus prejuízos para a população, os sindicalistas não são ouvidos, e ao se referir a paralisação dos Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, se utiliza do lugar comum “braços cruzados’’ para definir a situação.
    E em vídeo do texto acima citado, são apresentadas declarações enraivecidas de pessoas prejudicadas pela greve e da CPTM, grevistas não ouvidos.
    Em conclusão, no inicio da cobertura temos até certa parcialidade, todos os interessados são ouvidos, a situação é explicada. Mas com o inicio da greve de fato, ou seja, as paralisações o foco é o publico irado e a empresa, sem voz os grevistas parecem enquadrados como vilões, vide o uso da expressão "braços cruzados" para referirem-se a ação dos reivindicadores.
Lucas Santos Lima

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