A revista americana Newsweek publicou, nesta semana, uma imagem de lady Diana, simulando como ela poderia estar hoje em dia, nas proximidades de completar 50 anos. A imagem, ligeiramente enrugada, mostra uma Diana moderna, segurando um iPhone. A reportagem que acompanha a imagem é de Tina Brown, autora da polêmica biografia “The Diana Chronicles” e amiga pessoal de Lady Di.
Em sua nova e imaginativa reportagem sobre a princesa, Brown especula que, se Diana não tivesse morrido em 1997, poderia ter se casado uma ou duas vezes, usaria botox, teria um leve ciúme da nora Katherine Middleton e quem sabe teria 10 milhões de seguidores no Twitter.
Na matéria desta semana, a Newsweek faz de Diana uma edição especial da “Barbie Cinquentona” e Tina Brown é a garotinha mimada que modifica a boneca a seu gosto. Essa aparente brincadeira da segunda revista mais lida dos Estados Unidos nos leva a refletir a respeito da “reificação“ de personalidades exercida pela mídia. Trocando em miúdos: coisificamos pessoas. O ser humano dá lugar ao mito. E mito não é gente. A jornalista, que se gaba de ter sido amiga íntima de Diana, não faz questão de valorizar a memória da Diana princesa do povo, filantrópica, mãe... Um exemplo feminino para a nação britânica.
Alguns leitores criticaram o mau gosto da reportagem e outros até mesmo ameaçaram cancelar a assinatura da revista. A pergunta que não quer calar é aquela feita pelo Los Angeles Times a respeito do fato: “Chocante, brilhante, ou simplesmente vulgar?”
Suellen Amorim